3 pessoas da mesma família foram presas, na manhã deste sábado (26), acusado de envolvimento na morte do advogado José Antônio da Silva, conhecido como “Doutor Pinga”, em Nova Ubiratã (502 km ao Norte de Cuiabá). A morte teria sido encomendada para que os criminosos são pagassem dívida milionária referente a honorários advocatícios da vítima. As prisões fazem parte da Operação Procuração Fatal, deflagrada pela Polícia Civil, que cumpre também 4 buscas contra os suspeitos. Um quarto envolvido, o atirador, está foragido.
Os e presos na operação são uma mulher, o filho e a neta, acusados de planejarem o crime e mandaram o quarto envolvido, que está foragido, executar o alvo. Os mandados judiciais são executados em Sorriso, Nobres e Tangará da Serra.
Segundo informações da Polícia Civil, o jurista foi assassinado com um tiro na cabeça, em sua casa. O crime foi registrado em 26 de junho e até o momento nenhum envolvido havia sido preso.
A investigação policial identificou que a família planejou e pagou pelo assassinato, acreditando que, com a morte de José Antônio, estariam livres da obrigação de pagar a dívida milionária que tinham com ele. O valor devido não foi informado. Os valores eram referentes a honorários advocatícios que o advogado tinha a receber em uma ação movida contra uma das mandantes do crime.
Outro fato que teria motivado o crime é que os investigados acreditavam que o advogado não possuía herdeiros que pudessem cobrar o valor após sua morte. A vítima chegou a encaminhar áudios a familiares, dias antes de sua execução, afirmando que estaria aterrorizado pelas ameaças que havia recebido dos suspeitos. No entanto, afirmou que não desistiria das ações judiciais em que tanto havia trabalhado.
As investigações revelaram que os mandantes buscaram ocultar os indícios do crime, mas a ação coordenada das equipes policiais, com uso de inteligência e análise de provas materiais e digitais, permitiu identificar a participação dos suspeitos.
Com as prisões temporárias dos suspeitos, a Polícia Civil espera aprofundar as investigações, e colher mais elementos que possam auxiliar no esclarecimento do crime e identificar a participação de outros possíveis envolvidos.
O delegado responsável pelas investigações, João Lucas Wanick, destacou que operação representa um importante avanço na luta contra crimes por encomenda no estado e reforça a confiança nas instituições de justiça e segurança pública.
“A investigação demonstra o compromisso da Polícia Civil em coibir e levar à justiça crimes praticados contra advogados, decorrentes do exercício de sua profissão, demonstrando o compromisso com o combate à criminalidade”, disse o delegado.
O caso
O corpo da vítima foi achado caído em um cômodo nos fundos de sua casa, após a polícia averiguar uma denúncia de maus-tratos contra animais. O denunciante dizia que os cães estavam há pelos menos 3 dias presos, sem comida e água.
A vítima tinha um tiro na cabeça e estava com as pontas dos dedos cortadas.
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