Guardando a Ortodoxia Bíblica, os Costumes da Igreja e a Obra Missionária

Por Pastor Silas Paulo de Souza

A Igreja Assembleia de Deus sempre foi marcada por sua fidelidade à Palavra de Deus, pela vida de oração e por um forte compromisso com a obra missionária. Esses pilares têm sido a base de nossa fé desde o início e, como presidente da igreja em Cuiabá e Região, meu compromisso é continuar preservando esses valores, seguindo o exemplo de meu pai, pastor Sebastião Rodrigues de Souza. Desde sua partida para a eternidade, em 8 de julho de 2020, tenho sentido o peso e a responsabilidade de manter viva essa chama da ortodoxia bíblica, dos usos e costumes da igreja, e da dedicação à missão de propagar o Evangelho.

A Fidelidade à Ortodoxia Bíblica

A Bíblia nos ensina que a verdade de Deus é imutável. O apóstolo Paulo escreveu: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16-17). A ortodoxia bíblica não é uma questão de tradição humana, mas a preservação da sã doutrina, conforme revelada nas Escrituras. Em tempos de mudanças rápidas e influências externas que tentam distorcer a Palavra de Deus, é vital que permaneçamos firmes no que a Bíblia ensina.

Nosso papel, como igreja, é ser guardiã da verdade divina. Não podemos negociar os princípios da fé com as tendências culturais ou as novidades doutrinárias que surgem. O próprio Jesus nos advertiu a respeito dos falsos mestres, dizendo: “Acautelai-vos, que ninguém vos engane” (Mateus 24:4). Nosso compromisso é proteger a pureza do Evangelho e assegurar que a igreja continue firme naquilo que nos foi entregue pelos apóstolos e pelas gerações de cristãos fiéis que nos precederam.

Usos e Costumes: Expressão da Santidade

Os usos e costumes da Assembleia de Deus não são meros formalismos ou tradições vazias. Eles são expressões de nossa convicção de que fomos chamados a viver uma vida de santidade, separada do mundo. O apóstolo Pedro nos lembra: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pedro 1:15). A nossa maneira de vestir, de falar, de nos relacionar, não é apenas uma questão de aparência externa, mas uma demonstração visível do caráter transformado pelo Espírito Santo.

Em um mundo que constantemente se afasta dos valores de Deus, a igreja deve ser um exemplo de pureza e compromisso com o Senhor. Manter nossos usos e costumes é uma forma de mostrar ao mundo que somos diferentes, não por orgulho ou religiosidade, mas porque queremos honrar ao Senhor em tudo o que fazemos. Os princípios que herdamos de nossos pais e antecessores são preciosos e devem ser passados às próximas gerações.

O Poder da Oração

A oração sempre foi a força motriz da Igreja Assembleia de Deus. Não há avivamento sem oração. Não há transformação de vidas sem que o povo de Deus se coloque de joelhos diante do Senhor. O apóstolo Paulo nos instrui: “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5:17). A igreja que não ora está espiritualmente morta.

Em minha trajetória pastoral, tenho visto o quanto a oração é essencial para o crescimento da igreja e para a obra missionária. É por meio da oração que recebemos a direção de Deus para as decisões ministeriais, e é por meio dela que vemos milagres, curas e transformações acontecerem na vida das pessoas. Precisamos ser uma igreja que ora, que busca o poder de Deus, que intercede pela salvação dos perdidos e pelo avanço do Reino.

A Obra Missionária: O Coração da Igreja

Desde a criação da SEMADECRE, nossa secretaria de missões, tenho tido o privilégio de ver o quanto Deus tem usado a Igreja Assembleia de Deus em Cuiabá e Região para levar o Evangelho a lugares onde Cristo ainda não foi anunciado. A obra missionária é o cumprimento do mandamento de Jesus: “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). Não podemos perder de vista esse chamado.

A missão da igreja é muito mais do que apenas cuidar de nossas próprias necessidades. Somos chamados para levar a Palavra de Deus a todas as nações, e isso requer dedicação, oração e recursos. Ao criar o CEC (Conselho de Educação e Cultura), buscamos também capacitar a igreja para que cada membro tenha um entendimento mais profundo das Escrituras e possa ser um instrumento de Deus no campo missionário, seja no Brasil ou em outras nações.

Conclusão

Nosso chamado como Igreja Assembleia de Deus é claro: guardar a ortodoxia bíblica, viver de acordo com os princípios de santidade expressos em nossos usos e costumes, manter uma vida de oração fervorosa e dedicar-nos incansavelmente à obra missionária. Estes são os pilares que sustentam nossa fé e que garantirão que a igreja continue firme, mesmo em meio às tempestades deste mundo.

Que Deus nos dê a graça de permanecermos fiéis até o fim, como servos que guardam e defendem os marcos antigos, até o dia em que nosso Senhor Jesus Cristo voltar.