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Helicópteros de elite dos EUA são vistos perto da Venezuela e aumentam tensão entre Trump e Maduro

Helicópteros do batalhão de Operações Especiais da aviação dos Estados Unidos, conhecidos como “Night Stalkers”, foram vistos sobrevoando a região do Caribe, próximo à costa da Venezuela, no início de outubro. A presença da unidade de elite reforça o clima de tensão entre Washington e o regime de Nicolás Maduro.

De acordo com o jornal The Washington Post, as aeronaves foram identificadas sobre o mar caribenho, nas proximidades de Trinidad e Tobago, a cerca de 145 quilômetros da costa venezuelana. Uma autoridade americana disse ao jornal que os helicópteros realizavam um treinamento, mas admitiu que podem ser usados em operações contra traficantes de drogas na região — ou mesmo dentro da Venezuela — caso o presidente Donald Trump autorize.

Quem são os “Night Stalkers”

Os helicópteros vistos no Caribe pertencem ao 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais do Exército dos EUA, unidade conhecida por executar missões de precisão em ambientes de alta complexidade e baixa visibilidade. O grupo ganhou notoriedade mundial por participar da operação que matou Osama Bin Laden, em 2011, no Paquistão.

Segundo o site especializado Global Defense News, os modelos MH-60 Black Hawk utilizados pelos “Night Stalkers” foram modificados para operar sem serem detectados por radares. A publicação destaca que a presença dessas aeronaves perto da Venezuela demonstra a capacidade dos EUA de realizar missões sigilosas em áreas politicamente sensíveis. Fontes da comunidade de defesa americana afirmam que a movimentação pode ter objetivo estratégico, deixando as forças prontas para uma eventual ação militar.

Força americana no Caribe

A movimentação aérea se soma ao envio de navios de guerra para o mar do Caribe, determinado por Donald Trump em agosto. Segundo o Washington Post, ao menos seis embarcações da Marinha americana estão posicionadas em águas da América Latina e do Caribe, incluindo três destróieres equipados com mísseis Tomahawk e o sistema de defesa Aegis, de última geração.

Cada destróier conta com mais de 300 tripulantes e é capaz de transportar e desembarcar tropas, além de apoiar operações militares em terra. Especialistas acreditam que uma dessas embarcações possa estar dando suporte logístico às missões dos “Night Stalkers”.

Escalada entre Trump e Maduro

A relação entre os dois países vive seu momento mais delicado. O governo Trump declarou guerra aos cartéis de drogas designados como organizações terroristas e autorizou a CIA a realizar operações secretas na Venezuela com o argumento de combatê-los. Desde setembro, ataques americanos a embarcações suspeitas de tráfico deixaram ao menos 38 mortos, sendo sete dessas ações realizadas no mar do Caribe.

Washington também oferece recompensa de US$ 50 milhões (cerca de R$ 272 milhões) por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro, acusado pelos EUA de envolvimento com o narcotráfico. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela apresentou uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU, classificando as ações como tentativa de “mudança de regime”.

Em sua mais recente reação, Caracas anunciou a mobilização de mais de cinco mil mísseis de defesa aérea de fabricação russa em posições estratégicas pelo país, afirmando que a medida tem como objetivo “proteger a paz e a soberania da Venezuela”.

Folha do Estado

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