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Petrobras reduz R$ 0,14 na gasolina, mas queda proporcional e imediata nas bombas não é garantida

Começa a valer nesta terça-feira (21) a redução de 4,9% no preço da gasolina anunciada pela Petrobras. O corte equivale a R$ 0,14 por litro no valor repassado às distribuidoras. Em Cuiabá, onde o preço médio da gasolina comum está em R$ 6,39, a expectativa é de que o ajuste nas refinarias resulte em uma leve queda nas bombas nos próximos dias.

Segundo a Petrobrás, o preço médio de venda da gasolina A, combustível puro que sai das refinarias antes de ser misturado ao etanol, passará de R$ 2,85 para R$ 2,71 por litro, uma diminuição de R$ 0,14 por litro. 

Essa é a segunda redução promovida pela estatal em 2025, após o corte de 5,6% anunciado em junho. No acumulado do ano, a queda chega a 10,3 %, ou R$ 0,31 por litro. Segundo a companhia, os preços do diesel e do gás de cozinha (GLP) permanecem inalterados.

Impacto para o consumidor

Na prática, o impacto no bolso do motorista deve ser menor. Estima-se que o preço final da gasolina nas bombas possa cair cerca de R$ 0,10 por litro. No entanto, o repasse não é garantido, já que a gasolina vendida nos postos contém 30% de etanol anidro, cujo preço também influencia no valor final do combustível.

Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), avalia que os reajustes anunciados pela Petrobras não são aplicados diretamente pelos postos de combustíveis. Segundo a entidade, os aumentos ou reduções de preços passam antes pelas distribuidoras, responsáveis por definir o repasse efetivo ao mercado varejista.

O sindicato ressalta que as variações nos valores cobrados nas bombas dependem da política comercial e dos custos logísticos de cada distribuidora, que podem diferir conforme a região. 

Acompanhe a nota na íntegra:

“Os repasses de reajustes anunciados pela Petrobras são transmitidos aos postos de combustíveis por meio da aquisição de produtos junto às distribuidoras.

Portanto, a variação dos preços nas bombas depende diretamente da política comercial e do comportamento de cada distribuidora. Podem ocorrer oscilações no mercado, de acordo com o repasse efetivo realizado e com os custos logísticos e operacionais de cada região.

O Sindipetróleo esclarece que os postos de combustíveis são o último elo da cadeia e não têm ingerência sobre o preço praticado nas refinarias nem sobre o repasse adotado pelas distribuidoras”.

Composição do preço da gasolina

 Apesar da redução anunciada pela estatal, não garante, de forma imediata, uma queda nos preços nas bombas, já que o valor final ao consumidor é influenciado por diversos fatores, como tributos estaduais e federais, margens de distribuição e revenda, além dos custos logísticos de cada região.

A formação do preço da gasolina ao consumidor é resultado de diversos componentes:

  • Parcela da Petrobras: 32,2%
  • Imposto Estadual (ICMS): 23,4%
  • Distribuição e Revenda: 16,9%
  • Custo do Etanol Anidro: 13,2%
  • Impostos Federais: 11,2%

Mesmo com as variações, a queda anunciada pela estatal deve representar algum alívio no orçamento dos motoristas e contribuir para reduzir a inflação, já que a gasolina tem grande peso no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no país.

Folha do estado

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