O empresário do agronegócio Leandro Zavodini, de 41 anos, pagou fiança de R$ 1 milhão e foi solto após decisão proferida pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), na segunda-feira (1º). Ele foi preso em São Paulo no último dia 26 de novembro, durante a Operação Ignis Justiça, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso.
Na mesma decisão que determinou a soltura do empresário, o TJ impôs o monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Leandro, sócio-administrador da empresa Agrícola Maripá, foi apontado como um dos líderes de um esquema de furto de energia, adulteração de medidores, estelionato, corrupção ativa e fraude processual.
Evidências obtidas pela Energisa, pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e pela Polícia Civil constataram o desvio de energia mediante fraude, com uma “ligação invertida” e “intervenção de terceiros” nos componentes de medição.
Foi descoberta ainda a instalação de “gatos” para obter religação clandestina de energia após corte.
Leandro teria oferecido vantagem indevida a um funcionário terceirizado da Energisa para que manipulasse ordens de serviço e realizasse religações irregulares ou ignorasse a prática criminosa.
Durante as investigações, Leandro Zavodini teria apagado conversas de WhatsApp para destruir provas.
As fraudes geraram um prejuízo estimado em R$ 1 milhão.
A Operação Ignis Justiça cumpriu outros dois mandados de prisão preventiva, além de buscas e apreensões e quebras de sigilo de dados telemáticos.
Além de ser conhecido como empresário do agronegócio, Leandro ganhou notoriedade nacional no pôquer. Inclusive, foi preso durante um torneio.
Em novembro do ano passado, ele conquistou o maior prêmio da história do pôquer brasileiro, embolsando R$ 3,5 milhões. A premiação veio após vencer o The Legendes, torneio com buy-in de R$ 250 mil no BSOP Millions, superando grandes nomes do pôquer brasileiro e mundial.
Repórter MT




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