A Polícia Civil de Santa Catarina encerrou o inquérito sobre a morte de Jeferson Luiz Sagaz e Ana Carolina Silva, ambos de 37 anos, encontrados sem vida em uma suíte de motel em São José, na Grande Florianópolis, em 12 de agosto. A investigação concluiu que a causa das mortes foi a combinação fatal de uso de álcool e drogas com a alta temperatura da água da banheira.
Intoxicação e colapso térmico
O relatório, divulgado pela Delegacia de Homicídios do Departamento de Investigações Criminais (DIC) de São José, aponta que o casal morreu devido a uma intoxicação exógena. Essa condição desencadeou um quadro de intermação (aumento da temperatura corporal), resultando em “intensa desidratação, colapso térmico, falência orgânica” e, por fim, a morte.
A perícia realizou 16 laudos que descartaram outras possibilidades, como choque elétrico, afogamento, intoxicação por monóxido de carbono ou qualquer tipo de violência externa.
O delegado Felipe Simão Gomes, responsável pelo caso, detalhou que a temperatura da água na banheira pode ter atingido até 50°C.
“A temperatura da água pode ter alcançado até 50 graus e o aquecedor do ambiente também estava em uma temperatura elevada. Essas duas circunstâncias, associadas às substâncias encontradas nos corpos, fizeram a Polícia Civil chegar à conclusão de que a causa foi morte súbita e não decorrente da intervenção de terceiros”, afirmou o delegado.
Quem eram as vítimas?
Jeferson Luiz Sagaz era policial militar, lotado na Academia de Polícia Militar da Trindade (APMT), em Florianópolis. Ana Carolina Silva era empresária e dona de uma esmalteria. O casal deixa uma filha de 4 anos.
Na noite anterior à tragédia, 11 de agosto, o casal havia participado de um evento em uma casa noturna antes de seguir para o motel. A investigação também confirmou que a arma do policial não estava na suíte.
Horas antes de serem encontrados, eles haviam celebrado o aniversário da filha com a família. Após a festa, deixaram a criança com parentes e foram a um bar. A preocupação surgiu quando eles não voltaram no horário combinado para buscar a menina. A família chegou a usar as redes sociais para buscar informações.
Os corpos foram localizados no motel às margens da BR-101, no bairro Roçado, em São José.
Após o fim das investigações, a família de Ana Carolina se manifesta em nota:
É com profunda indignação que nós, da família da Ana Carolina da Silva, conhecida como Ana da Mood, repudiamos as notícias falsas que vêm sendo divulgadas.
Embora laudos apontem a presença de substâncias em seu sangue, afirmamos com total certeza de que Ana não era usuária de drogas. Diante das inconsistências, levantamos a séria preocupação de possível ingestão forçada ou envenenamento e exigimos investigação rigorosa, transparente e imparcial.
Nosso objetivo é preservar a memória e a dignidade de Ana, garantindo que a verdade prevaleça sobre especulações cruéis e injustas. Não aceitaremos que sua história seja manchada por suposições irresponsáveis.
Seguiremos firmes em busca de respostas, com a certeza de que a justiça será feita.
Folha do Estado




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