4 novembro, terça-feira, 2025
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Esposa de PM que matou personal a tiros deixa delegacia e vai para audiência de custódia

Imagem mostra Aline Valandro Kounz, esposa do policial militar Raylton Mourão, que matou a personal trainer Rozeli da Costa Nunes, no dia 11 de setembro, em Várzea Grande, deixando a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no início da tarde desta terça-feira (23), após prestar depoimento. Na saída, ela alegou à imprensa que é inocente.

Agora, ela segue para a audiência de custódia. 

Aline era alvo de um mandado de prisão temporária de 30 dias por suspeita de envolvimento no assassinato e passou 11 dias foragida. Ela se entregou nesta manhã na presença de dois advogados. Já Raylton se entregou no domingo (21) e foi ouvido nessa segunda-feira (22). À polícia, ele disse que saiu de casa para matar Rozeli sem o conhecimento de Aline, alegando também que a esposa é inocente.

Ainda conforme depoimento do PM, ele orientou a mulher a fugir antes de explicar o que havia acontecido. Após o depoimento de Raylton, o advogado dele, Marciano Xavier, disse que a esposa de Raylton é mãe de dois filhos menores de idade e fugiu por desespero.

Rozeli foi assassinada na manhã do dia 11, quando estava saindo para ir trabalhar, por volta das 6h. A vítima foi surpreendida por dois homens em uma motocicleta. Raylton, que estava na garupa, efetuou os disparos todos direcionados ao rosto da personal.

A motivação do crime, segundo a confissão de Raylton, é um processo judicial em que Rozeli pedia R$24 mil de indenização devido a um acidente de trânsito que ocorreu em março deste ano, em Várzea Grande, envolvendo o carro da vítima, uma motocicleta e um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade de Raylton e Aline.

No processo, a defesa de Rozeli relatou que o motorista do caminhão-pipa teria entrado repentinamente na via preferencial sem dar qualquer sinalização, forçando a personal a frear bruscamente. Com a freada, a traseira do carro dela foi atingida por um motociclista.

Em julho, a vítima entrou na Justiça com uma ação de reparação de danos materiais e morais contra o casal, alegando que teve prejuízos financeiros, além de ter ficado com o psicológico abalado. A título de danos materiais ela pedia R$9,6 mil e de danos morais R$15 mil.

Uma audiência de conciliação entre Raylton, Aline e Rozeli estava marcada para ocorrer no dia 16 de setembro, mas a vítima foi assassinada cinco dias antes.

Ela deixou marido e duas filhas menores de idade. 

Repórter MT

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