4 novembro, terça-feira, 2025
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Juiz rejeita processo de Trump contra o New York Times: “Não é palco de comício político”

Decisão judicial

O processo de Donald Trump contra o New York Times e quatro de seus repórteres foi rejeitado pela Justiça dos Estados Unidos. A ação, que acusava o jornal de prejudicar sua candidatura à reeleição em 2024, foi considerada inadequada pelo juiz federal Steven Merryday. “O processo é decididamente impróprio e inadmissível”, escreveu o magistrado, que também definiu a peça como um “palco de comício político”, com excesso de repetições, argumentos retóricos e elogios pessoais ao autor.

O que havia na ação

Trump apresentou uma queixa de 85 páginas pedindo ao menos US$ 15 bilhões em indenização. No documento, seus advogados afirmavam que a imprensa tradicional age como “porta-voz do Partido Democrata” e acusavam os repórteres de não reconhecerem sua “genialidade empresarial, criatividade, perseverança, talento e autenticidade”.

A petição incluía imagens de Trump Tower, materiais promocionais do reality “O Aprendiz” e gráficos de audiência televisiva, além de longos trechos de argumentação jurídica e recortes de artigos. Merryday classificou esse material como “florido” e “superficial”.

Reações das partes

O New York Times comemorou a decisão: “Recebemos com satisfação a rápida decisão do juiz, que reconheceu que a queixa era um documento político e não um processo jurídico sério”, disse a empresa em nota.

Já a defesa de Trump afirmou que vai reapresentar o processo: “O presidente Trump continuará a responsabilizar a Fake News por meio deste processo contra o New York Times, seus repórteres e a Penguin Random House, em conformidade com as orientações do juiz”, declarou um porta-voz.

Ofensiva contra a imprensa

O processo contra o New York Times se soma a outras iniciativas do presidente contra veículos de comunicação. Em julho, ele processou o Wall Street Journal e seu proprietário Rupert Murdoch por noticiarem a existência de um bilhete de aniversário enviado a Jeffrey Epstein. Outras ações contra a ABC News e a Paramount foram encerradas com acordos de US$ 15 milhões e US$ 16 milhões, respectivamente.

Sem recorrer à Justiça, Trump também conseguiu afastar críticos da TV americana. Os apresentadores Stephen Colbert e Jimmy Kimmel saíram do ar após pressões da FCC, órgão regulador de telecomunicações, acusado de ser instrumentalizado pelo governo para ameaçar empresas de mídia.

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