Dois adolescentes, de 17 anos, foram identificados planejando um ataque a uma escola pública do Distrito Federal. Alunos do 2º ano do ensino médio registraram vídeos mostrando a fabricação de armas artesanais e a preparação do massacre. A coordenação da instituição acionou imediatamente a Polícia Civil do DF (PCDF), que iniciou as investigações.
Segundo apurado, os menores participavam de fóruns na internet, onde afirmavam que “iriam entrar para a história” e utilizavam nomes que faziam referência a atiradores de massacres nos Estados Unidos. Eles mantinham um site próprio com conteúdo extremista, propagando ódio contra mulheres, negros e pessoas LGBTQIAPN+, além de fazer apologia ao nazismo. Para ampliar o alcance, os adolescentes também utilizavam o TikTok, embora algumas contas tenham sido banidas pela plataforma devido ao conteúdo. O site foi removido em junho, após a mãe de um dos menores descobrir a página e obrigá-lo a apagar o material.
A polícia reuniu um vasto material comprobatório, incluindo transmissões, vídeos e conversas em aplicativos e fóruns, que indicam envolvimento dos adolescentes em atividades análogas a crimes como ameaças e apologia ao nazismo.
O ataque estava programado para meados de setembro. Em vídeos apreendidos, um dos menores sugere mudar a data para coincidir com o aniversário do outro. Em uma das gravações, um deles afirma querer comprar uma arma de fogo ilegalmente. “O presente vai ser atirar, matar gente”, disse um dos adolescentes. O outro respondeu: “Vou virar maior de idade aí já posso ir preso”, ao que o colega completou: “Já pode ir para o inferno”.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) informou que tomou todas as medidas cabíveis ao tomar conhecimento do caso e que o assunto foi encaminhado à Polícia Civil, que continua investigando os fatos. A pasta ressaltou que a Diretoria de Apoio à Saúde dos Estudantes (Diase) prestará assistência aos envolvidos e oferecerá suporte às escolas afetadas. Informações adicionais sobre os estudantes não serão divulgadas para preservar a identidade dos menores.
A SEEDF reafirmou seu compromisso com a segurança, o bem-estar e o acompanhamento integral de todos os estudantes, adotando providências para esclarecer e resolver a situação.
Folha do estado