4 julho, sexta-feira, 2025
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Menor que matou os pais e o irmão de 3 anos se inspirou em jogo de terror, diz polícia

O menor de 14 anos que matou os pais do irmão de 3 anos em Itaperuna (RJ) se inspirou em um jogo para praticar o crime. Segundo as investigações da Polícia, conversas entre o adolescente e a namorada virtual, de 15 anos, moradora de Água Boa (a 639 km de Cuiabá), revelaram que eles conversavam sobre um jogo que retrata um casal de irmãos em uma relação incestuosa que assassina os pais.

Segundo a polícia, o jogo tem personagens que foram citados pelo rapaz e por sua namorada, como se fossem os pais dele. O jogo também mostra assassinatos e cenas de canibalismo.

Conforme o delegado Carlos Augusto Guimarães, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, os menores se referiam às vítimas usando nomes de personagens do jogo. “Eles não jogavam esse jogo, mas eram fãs e tinham acesso pelos canais da internet. É um jogo com conteúdos muito violentos”, diz.

Nas postagens, os menores em seus perfis já faziam referências a conteúdos violentos do jogo. “Analisamos os perfis onde dá para perceber essa exposição de conteúdos violentos, inclusive o conhecimento de um filme que fala de assassinatos e mortes.”

Os dois se conheciam há 6 anos, desde que tinham cerca de 8 anos, por meio de jogos online e com o passar do tempo entraram em um namoro virtual. O relacionamento ficou mais sério há cerca de um ano.

As investigações também revelaram que o crime foi motivado pelo distanciamento entre eles imposto pelos pais. Além disso, um segundo motivo para o crime seria a ganância do menor que pretendia vender os bens da família para ficar com o dinheiro.

A investigação também apontou que a namorada teve participação ativa no crime e que ela teria sugerido ao namorado virtual que ele mostrasse que “era homem” e fizesse algo para encontrá-la pessoalmente. Essa atitude foi interpretada pela polícia como chantagem emocional.

O caso

No dia 21 de junho, o menor de 14 anos matou o pai Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos; a mãe Inaila Teixeira, de 37 anos e o irmão. Para matá-los, ele usou uma arma de fogo que havia em casa. O armamento era registrado no nome do pai dele, que era autorizado a mantê-la como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).

Após cometer o crime, o menor espalhou um produto químico no chão e arrastou os corpos até uma cisterna da casa, onde jogou os cadáveres.

Nos dias seguintes, parentes passaram a perguntar pelos pais e irmão do adolescente e chegaram a comunicar o desaparecimento à polícia. Policiais foram até à casa do menino três dias depois para realizar uma perícia e encontraram os corpos.

O menor confessou o crime e disse que assassinou a família porque os pais eram contra o relacionamento virtual que ele mantinha com a adolescente de Mato Grosso. Em clara demonstração de frieza, ele disse que não estava arrependido e que faria tudo de novo se fosse preciso.

Investigações apontaram que, após assassinar a família, o adolescente passou a pesquisar como receber FGTS de pessoas mortas e já procurava um emprego em Água Boa. Ele também planejava vender a casa e o carro da família por R$300 mil e R$ 60 mil, respectivamente.

Os dois foram apreendidos e estão à disposição da Justiça. A menor de Água Boa foi transferida para o Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino, antigo Pomeri, em Cuiabá.

Repórter MT

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