O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), não descartou, nesta quarta-feira (3), a possibilidade de solicitar compensação financeira pela área pública invadida pelo Grupo Bom Futuro para a construção de um aeródromo. Inaugurado em junho, o empreendimento custou cerca de R$ 100 milhões.
Segundo Abilio, o aeroporto foi feito em cima de uma via que pertence ao Munícipio. “Qualquer um pode entrar no sistema SigCuiabá, que é público, e vai ver que a via sendo sobreposta à pista de pouso”, disse à imprensa.
O grupo alega que não houve usurpação de bem público e juridicamente está tudo correto, entretanto o prefeito afirma que o processo de regularização foi feito de forma irregular pela gestão Emanuel Pinheiro.
“Eu acho que pode (fazer o pedido de compensação). […] Assim como nós temos outras áreas do Munícipio de Cuiabá, que precisam tratar a regularização, lá também não será diferente”, pontuou Abilio.
“Temos que fazer um programa de regularização dessas áreas e os recursos captados por isso, vamos compensar na regularização mobiliária das pessoas mais vulneráveis”, ressaltou.
Caso investigado
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) investiga se o aeroporto da Bom Futuro, uma das maiores empresas de agronegócio do Brasil, foi instalado sobre terrenos públicos de maneira ilegal.
Segundo o órgão, o aeródromo foi instalado no Loteamento Parque Bandeira, que foi constituído entre 1978 e 1979. O MP apontou ainda documentos de cartórios que comprovam que o loteamento tinha 11 mil hectares, vias públicas e 4 hectares de reserva florestal.
Repórter MT