Após o governador Mauro Mendes (União) afirmar que a obra de recorte do paredão no Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães (64 km ao norte de Cuiabá), seria tecnicamente inviável, segundo estudos recentes realizados pela Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), foi decidido pela abertura de um túnel no paredão, localizado na rodovia MT-251. A decisão foi tomada com base em estudos mais aprofundados, viabilizados somente após o início das obras no local, conforme informado nesta sexta-feira (27), 3 dias após a divulgação da impossibilidade do primeiro projeto.
Atualmente, a Sinfra trabalha na elaboração do anteprojeto de engenharia, para realizar a licitação e contratação integrada de uma empresa. A expectativa é que o edital seja publicado em agosto deste ano. A secretaria ressalta, que todas as intervenções já realizadas seriam necessárias independentemente da solução final adotada. As ações executadas foram fundamentais para estabilizar o talude e eliminar blocos rochosos que representavam alto risco aos usuários da rodovia.
A escolha pelo túnel representa uma solução com menor impacto social, paisagístico e operacional, além de preservar o entorno da rodovia e permitir a continuidade do tráfego durante a execução das obras.
A mudança no projeto original foi definida após a realização de sondagens geotécnicas, só possíveis com o avanço das obras.
Os estudos incluíram levantamentos topográficos com tecnologia de sensoriamento remoto e ensaios geofísicos, possibilitando uma caracterização mais precisa da rocha no local.
A reavaliação da alternativa de engenharia também foi recomendada em pareceres técnicos emitidos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).
Desde os desprendimentos rochosos e quedas de blocos ocorridas em dezembro de 2023, a Secretaria de Infraestrutura direcionou seus técnicos e consultorias para uma solução para o momento de crise, que atenderia o risco iminente à vida e a infraestrutura local.
O governo de Mato Grosso adotou medidas mitigadoras permanentes para garantir a segurança na região. Entre elas, destaca-se a instalação de barreiras dinâmicas e a remoção de grandes blocos de rocha instáveis, que reduziram significativamente o risco de acidentes.
A restrição à passagem de veículos pesados também contribuiu para o aumento da segurança na via, permitindo a adoção de uma solução mais duradoura, como o túnel, mesmo com um tempo de execução mais longo. Inicialmente, a opção pelo retaludamento foi considerada por permitir uma resposta mais rápida à população e à necessidade de restabelecer a normalidade no tráfego.
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