12 novembro, terça-feira, 2024
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Vídeo mostra momento em que candidata a vereadora e irmã são sequestradas antes de serem mortas em MT

Imagens de câmera de segurança mostram os momentos anteriores à morte das irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, candidata a vereadora no de Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos, nesse sábado (14).

Nas imagens é possível ver as irmãs, o irmão das vítimas e o namorado de Rithiele sendo levados ao cativeiro pelos criminosos, onde foram torturados por cerca de 3 horas, segundo o delegado responsável pelo caso, Higo Rafael, da regional de Cáceres.

A motivação do crime, segundo o delegado, foi porque as vítimas teriam tirado uma foto no Rio Jauru, simbolizando um número associado a uma facção rival. Durante as agressões, os suspeitos exigiram dinheiro das vítimas para não matá-los.

Um dos jovens conseguiu fugir do cativeiro e foi até a delegacia. Segundo a família, o irmão das vítimas está no hospital e internado em estado de saúde estável.

“Chegando na casa, colocaram todos em um quarto e foram retirando um por um para torturar. Primeiro foi o irmão das meninas mortas, depois a Rayane e depois a Rithiele. Quando retiraram os dois últimos, um deles conseguiu escapar e chamar a polícia, senão todos iriam ser mortos”, explica o delegado.

Após do crime, quatro dos suspeitos pegaram um táxi e se hospedaram em um hotel da cidade. Depois, fizeram compras em uma loja. Ao todo, nove suspeitos estão envolvidos. De acordo com a polícia, os maiores de idade serão autuados em flagrante por sequestro e cárcere privado, tortura, duplo homicídio, homicídio tentado, lesão corporal, associação criminosa e corrupção de menores. Os adolescentes serão autuados em ato infracional análogo aos mesmos crimes.

O delegado afirmou que não há qualquer indício de que as vítimas tenham envolvimento com práticas ilícitas. As irmãs fizeram parte de um circo durante parte da vida e, nas redes sociais, falavam sobre a vida na “lona” do orgulho de tinham de fazer parte da cultura circense.

A Polícia Civil investiga a possibilidade de o crime ter sido encomendado por um detento da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. De acordo com o delegado, o criminoso passou 3h comandando o crime por videochamada.

“Todos confessaram e, o mais importante, é que a todo momento estavam em videochamada com um preso da PCE. Cerca de 3 horas de tortura e eles permaneceram cumprindo o que esse preso determinava. Tudo comandado de dentro do presídio. Um dos que confessaram o crime disse que elas já tinham sido decretadas pela facção”, conta o delegado.

g1 entrou em contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), mas não obteve retorno até o momento desta publicação.

G1-MT

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