21 julho, segunda-feira, 2025
spot_img
HomeNotíciasFarra dos Consignados: Banco que fez contratos com mais de 12 mil...

Farra dos Consignados: Banco que fez contratos com mais de 12 mil servidores de MT é suspeito de fraude

Uma auditoria conduzida pelo Sindicato dos Profissionais da Área Meio do Poder Executivo (Sinpaig) identificou possíveis irregularidades em contratos firmados com o agente financeiro Capital Consig SCD S.A. As informações, obtidas com exclusividade pela equipe de reportagem do , indicam problemas em uma amostra de contratos analisados.

Atualmente, o banco possui mais de 12 mil contratos de empréstimos ativos com servidores públicos do Estado de Mato Grosso, conforme dados obtidos pela reportagem. Esses contratos geram, no total, uma receita de R$ 11,8 milhões para o Banco Capital Consig e seus parceiros financeiros.

Por meio de nota, a Capital Consig negou as acusações e afirmou que ocorreram “erros técnicos” que foram solucionados. Também por meio de nota, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) informou que foi aplicada a suspensão cautelar das operações da Capital Consig.

A denúncia apresentada ao governador Mauro Mendes (União) e ao secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, alega que a Capital Consig concede um valor “em teoria”, mas cobra outro “na prática”. A empresa foi credenciada para operar com empréstimos consignados em julho de 2022, conforme publicação no Diário Oficial de Mato Grosso.

Segundo o Sinpaig, sucessivas alterações no decreto que regulamenta a cobrança de consignados modificaram o funcionamento das operações e atribuíram exclusivamente aos bancos a responsabilidade de armazenar os contratos.

O sindicato firmou parceria com uma economista com mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro, que identificou indícios de fraude nos contratos da Capital Consig. Para os representantes dos servidores, as alterações na legislação favoreceram o surgimento dessas irregularidades.

“As práticas da Capital Consig, incluindo a celebração de contratos com valores divergentes, modalidades de crédito distintas, o não fornecimento de documentação quando solicitada e a ausência de inscrição no Registrato, configuram crimes de fraude ao sistema financeiro e de crédito, além de estelionato, gerando prejuízos aos servidores”, aponta trecho da representação.

Vg Notícias

ARTIGOS RELACIONADOS
- Espaço Publicitário-spot_img

MAIS POPULAR

COMENTÁRIOS