17 dezembro, quarta-feira, 2025
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Mauro abre sindicância para apurar denúncias de tortura em presídio: “Não tenho compromisso com erro”

O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que o Governo do Estado já adotou providências diante das denúncias de tortura e abusos na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, o “Ferrugem”, em Sinop (a 478 km de Cuiabá), em Mato Grosso. Segundo ele, uma sindicância já foi instaurada pela Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), responsável pelo sistema prisional.

A medida já foi tomada. O Governo, através da secretaria, já instaurou uma sindicância, que está em andamento. Espero que rapidamente eles tragam à luz os fatos. E, se alguém da parte do Governo fez alguma coisa errada, não tenho compromisso com ele”, afirmou o governador, em entrevista à imprensa nessa segunda-feira (15).

Mauro Mendes disse ainda que não autorizou qualquer prática irregular e reforçou que eventuais responsáveis serão punidos, caso as denúncias sejam confirmadas.

Nunca mandei fazer, nem o secretário, e seguramente serão punidos”, declarou.

O governador ponderou, no entanto, que as apurações precisam ocorrer com cautela. Segundo ele, não é possível formar juízo de valor apenas com relatos isolados.

Não dá para ouvir apenas um lado e repetir do outro”, disse.

Relatório

As declarações do governador ocorrem após a divulgação de um relatório de 240 páginas, elaborado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que aponta práticas sistemáticas de tortura na unidade prisional conhecida como Ferrugem.

O documento relata espancamentos, uso de spray de pimenta, disparos de munição de borracha contra detentos rendidos, uso de cães e condições consideradas degradantes em celas superlotadas. Ao todo, 126 presos foram ouvidos durante a inspeção judicial.

O relatório também registra uma suposta tentativa de atentado contra o juiz Marcos Faleiros da Silva e o promotor de Justiça Luiz Gustavo Mendes de Maio durante a inspeção no presídio. A denúncia teria sido feita por um detento, que afirmou que o ataque teria sido incentivado pela direção da unidade, versão que é negada pelo diretor do presídio.

O documento é assinado pelo juiz Marcos Faleiros no dia 9 de dezembro e foi encaminhado para apuração nas esferas criminal e administrativa.

Repórter MT

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