A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), reacendeu mobilizações de sua base politica em todo o país. Nas redes sociais, perfis alinhados ao Bolsonaro passaram a defender ações de impacto entre elas, a possibilidade de uma nova greve de caminhoneiros como forma de pressionar pela liberação do ex-presidente.
Uma das paginas que impulsionam e incentivam a iniciativa é um grande perfil no Instagram identificado como grupo de apoio ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Com mais de 600 mil seguidores, o perfil divulgou a convocação de manifestações previstas para começar no próximo domingo (30) e sugeriu que os caminhoneiros possam aderir a uma paralisação nacional caso o cenário político se mantenha inalterado.
Figuras de destaque da direita, entre elas o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), o vereador Lucas Pavanato (PL-SP), o senador Ciro Nogueira (Progressistas) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB), acompanham o movimento e interagem com as publicações.
A atmosfera é semelhante à registrada após as eleições de 2022, quando grupos de caminhoneiros ocuparam rodovias em mais de 20 estados para contestar o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto mobilização que só foi encerrada após decisões judiciais e ações da Advocacia-Geral da União (AGU).
Agora, com a votação do chamado Projeto de Lei da Anistia ganhando força nos bastidores do Congresso, lideranças da direita pressionam parlamentares a acelerar a análise da proposta. O texto pretende beneficiar investigados e condenados por atos considerados golpistas pelo Judiciário, incluindo apoiadores de Bolsonaro.
Bolsonaro inicia cumprimento da pena
A decisão que intensificou os protestos foi tomada na última terça-feira (25), quando o STF determinou o início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses imposta ao ex-presidente. O início ocorre na Superintendência da Polícia Federal, onde Bolsonaro já estava preso preventivamente desde sábado (22/11).
O ex-presidente foi condenado por supostamente chefiar uma organização criminosa que teria atuado para mantê-lo no poder após sua derrota eleitoral em 2022. A defesa, contudo, nega as acusações e afirma que a sentença é política.
Com o novo cenário, aliados avaliam que a mobilização nas ruas pode ganhar força nos próximos dias e a hipótese de uma paralisação de caminhoneiros volta ao centro da estratégia dos apoiadores do ex-presidente.
Folha do estado




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