4 novembro, terça-feira, 2025
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Operação contra esquema de venda de veículos apreendidos foi antecipada após mandados saírem sem sigilo em MT

Operação Eidolon, deflagrada no sábado (25), foi antecipada após os mandados de prisão contra os alvos saírem sem sigilo na sexta-feira (24) em Sorriso, a 420 km de Cuiabá. A investigação apura um esquema de venda de veículos apreendidos sob a guarda da prefeitura.

Quatro suspeitos foram presos durante a operação e um guarda municipal é investigado no caso. A polícia acredita que há mais envolvidos no esquema.

A maioria dos 69 veículos que foram falsificados e revendidos eram motocicletas, que geraram aproximadamente um prejuízo total de R$ 1,5 milhão.

Ao g1, o delegado responsável pelo caso, Bruno França, explicou que toda a operação precisou ser cumprida de imediato após a Justiça ter expedido as ordens, mas sem sigilo.

“Eu tive que fazer a operação às pressas. Foi uma falha na gestão, que não saiu sigiloso. Um dos alvos foi abordado pela PM, em uma ação de rotina na madrugada. Constava com mandado de prisão em aberto, então a PM prendeu o alvo. Então, os advogados teriam acesso ao procedimento, quando se cumpre mandado entregamos esse procedimento. Por isso, tivemos que prender todo mundo, porque se um tivesse acesso ao procedimento, todos os outros saberiam da operação”, afirmou.

O caso chegou até a Polícia Civil em duas frentes: uma vítima acionou a Justiça e reverteu a situação irregular do veículo apreendido, e um guarda municipal — envolvido no esquema — se apresentou na delegacia e colaborou com a investigação.

A prefeitura informou, em nota, que o guarda foi afastado das funções de forma preventiva até a conclusão da investigação. A administração pública ainda disse que colabora com a polícia.

Uma das vítimas que trouxe o caso à tona veio do Paraná para recuperar o veículo, mas o automóvel não estava mais no pátio da prefeitura porque havia sido revendido dentro do esquema criminoso.

“Um servidor fazia a análise e verificava que os automóveis tinham problemas sérios de documentação e a probabilidade para o dono aparecer era mínima. Eles escolhiam automóveis com problemas tão sérios que era improvável financeiramente que o dono aparecesse para regularizá-lo. Então, o esquema sumia com esses veículos, falsificava a documentação e revendia para terceiros de boa fé”, explicou o delegado.

Após a vítima procurar a Justiça e ter acionado a prefeitura, o esquema entrou na mira das autoridades.

“Foi quando a secretaria percebeu que algo estava errado e iniciou uma investigação junto à Polícia Civil que nos levou a concluir que a maioria das vítimas nem sabe que seus veículos desapareceram. São veículos que, em tese, foram abandonados lá no pátio, mas não importa, porque cabe a responsabilidade à guarda municipal”, disse.

g1-MT

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