10 setembro, quarta-feira, 2025
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Investigado por envolvimento em lavagem de mais de R$ 65 milhões é preso durante operação em Cuiabá

A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu um suspeito em Cuiabá e cumpriu 15 ordens judiciais, na manhã desta quarta-feira (10), durante a Operação Tempo Extra, que tem como alvo uma organização criminosa investigada por movimentar mais de R$ 65 milhões com atividades ilícitas no estado. A ação é um desdobramento da Operação Apito Final, deflagrada em abril do ano passado.

Na casa do investigado foram encontradas diversas jóias, artigos de luxo e acessórios e roupas de grifes.

A operação foi cumprida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), com foco nos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz de Garantias.

Ao todo, foram cumpridos:

  • um mandado de prisão preventiva,
  • dez mandados de busca e apreensão,
  • três ordens de sequestro de veículos,
  • uma suspensão de atividade econômica,
  • além de bloqueios judiciais no valor de R$ 1 milhão em contas bancárias.

Segundo a polícia, o investigado preso é apontado como um dos articuladores da continuidade das operações da facção criminosa em Cuiabá. A investigação apontou que ele era responsável por organizar e coordenar a distribuição de drogas e cadastrar colaboradores do grupo, para otimizar lucros e reduzir perdas da organização.

A apuração ainda indica que ele teria papel estratégico na reestruturação financeira da facção após os impactos da Operação Apito Final. Entre as funções dele estariam o suporte logístico à fuga de criminosos e a continuidade da lavagem de dinheiro, inclusive por meio de empresas de fachada e aquisição de veículos de alto valor.

Tempo Extra

A Operação Tempo Extra é considerada uma extensão direta da Apito Final, reforçando a tese de que os mesmos integrantes seguem praticando crimes. O objetivo da nova ação é “asfixiar financeiramente o grupo”, impedindo a reestruturação e retomada do controle do grupo sobre áreas estratégicas para o tráfico e a lavagem de capitais, conforme as investigações.

A operação faz parte da estratégia da Polícia Civil dentro do programa Inter Partes, vinculado à política de Tolerância Zero do Governo de Mato Grosso, e conta com apoio da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim).

Relembre a Operação Apito Final

Cumprida em abril de 2024, a Operação Apito Final revelou um esquema de lavagem de dinheiro superior a R$ 65 milhões, com uso de “laranjas”, incluindo familiares, amigos e até advogados, para aquisição de imóveis, veículos e atuação no setor de locação de automóveis. Foram cumpridas, à época, 54 ordens judiciais, com sequestro de 45 veículos e bloqueio de 33 imóveis.

Nessa operação, 20 pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro, em Chapada dos GuimarãesSão José dos Quatro Marcos e Maceió (AL).

Vinte pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na de lavagem de mais de R$ 65 milhões, na manhã desta terça-feira (2), durante a Operação Apito final, em Chapada dos Guimarães, São José dos Quatro Marcos e Maceió (AL). Segundo a Polícia Civil, também foram cumpridos 29 mandados de buscas e apreensão, indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias.

A investigação teve início depois que a polícia descobriu que o responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis, após sair da prisão, se tornou tesoureiro de uma facção criminosa e comprou uma grande quantidade de propriedades e veículos, usando dinheiro que passava por contas bancárias e, depois, era transformado em ativos legais para esconder a origem ilegal desses desse dinheiro.

Ainda de acordo com a polícia, foram descobertas compras de inúmeros terrenos, casas e apartamentos, muitos em condomínios de classe média na capital, todos comprados em nome de “testas de ferro”, mas diretamente vinculados com o alvo principal da investigação, além de adquirir veículos por meio de transações que envolvem o uso de garagens de compra e venda de carros, como artifício para ocultar a posse e a propriedade dos automóveis.

g1-MT

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