De acordo com a denúncia do MPMT, a dinâmica do crime revelou alto grau de periculosidade social, logística sofisticada, emprego de violência armada, subtração de valores elevados e uso de reféns como escudo.
Segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), no caso dos PMs, as análises foram feitas com base no Código Penal Militar e no Código de Processo Penal Militar. As prisões foram lavradas por um tenente-coronel da Polícia Militar, e o juiz determinou o encaminhamento dos custodiados a unidade de privação de liberdade compatível com a condição de Policiais Militares Estaduais.
Os presos foram autuados por roubo majorado, associação criminosa armada e sequestro.
Investigação
A princípio, a polícia investigava o assalto como se fosse praticado na modalidade ‘novo cangaço’, mas de acordo com o delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gustavo Belão, a maneira como o crime foi cometido não se enquadra nessa modalidade.
Segundo a polícia, o assalto foi planejado há cerca de 20 dias em reuniões feitas pelos investigados. O crime contou com apoio logístico de várias pessoas, incluindo um agiota e um recepcionista do hotel onde havia um quarto reservado à quadrilha, após o assalto.
Ainda segundo a polícia, os PMs teriam recebido dinheiro para esperar cerca de cinco minutos até começar as buscas pelos criminosos, que foram identificados e localizados devido aos carros utilizados na fuga. Para despistar os policiais, um dos carros foi incendiado.
A quantia em dinheiro ainda não foi recuperada. A investigação aponta que eles dividiram e ocultaram o valor, ainda não revelado, para dificultar a localização. A polícia continua investigando para achar o dinheiro e outros possíveis envolvidos.
A ação, que mobilizou mais de 100 policiais civis e militares na busca pelos criminosos, contou com o apoio do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil de Brasnorte, a 580 km de Cuiabá e de Tangará da Serra, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Força Tática e outras unidades da Polícia Militar.
g1-MT