O delegado Edison Pick, da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), indiciou o procurador Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva por homicídio qualificado por motivo fútil, com traição, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Luiz Eduardo confessou ser o autor do disparo de arma de fogo que matou o morador de rua Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos. O crime foi registrado no bairro Boa Esperança, ao lado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), na última quarta-feira (09).
O prazo para que o inquérito seja entregue para o Poder Judiciário termina na quinta-feira (17). A partir daí o Ministério Público será provocado a se manifestar e, posteriormente, o magistrado decide se o procurador se torna ou não réu pelo crime apontado pela autoridade policial.
Ney foi morto com um tiro no rosto por supostamente jogar pedras e danificar o carro do procurador, uma caminhonete Land Rover.
Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento em que Luiz Eduardo, que dirigia a Land Rover, se aproxima devagar da vítima, que caminhava na calçada. Em determinado momento, ele chama Ney Muller e atira contra ele.
Logo em seguida, a vítima aparece agonizando na calçada.
Na tarde de quinta-feira (10), Luiz Eduardo se entregou à polícia na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá e disse que cometeu o crime porque Ney danificou o seu carro. Ele alegou ainda que o crime não havia sido premeditado, mas essa versão foi contestada pelo delegado.
Repórter MT
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